5.5.17

Capitulo 11

CAPITULO 11

Joseph

Eu estaciono na entrada, desligo meu caminhão, e eu me inclino contra ele, os braços cruzados, absorvendo tudo.

A casa dos pais de Jenny é como uma terra que o tempo esqueceu, nunca muda. A tinta branca está descascando na casa como sempre nos mesmos lugares. No grande carvalho de um lado ainda paira o mesmo balanço usado para empurrá-la, e ainda tem aquele ramo perfeito perto o suficiente da janela de Jenn para subir.

Sua família, como a minha, tem trabalhado esses hectares por gerações. Mas onde o gado é mais lucrativo e confiável, agricultores como Monroe têm mais dificuldades. Você pode colher quatro hectares de milho, mas se tudo que você está recebendo são centavos por quilo, terá que ter muito para mostrar.

— Jenny! — Nana grita de sua posição sobre o pórtico. — Aquele menino está aqui novamente.

Aquele menino.

Nana nunca foi exatamente a minha maior fã. Sempre me olhou com desconfiança e desconforto. Da mesma maneira como ela observa uma mosca zumbindo em torno de seu alimento, sabendo exatamente quais suas intenções, esperando que aterrisse.

Assim pode esmagá-la com um jornal.

Depois que Jenny ficou grávida, e nós não nos casamos, todas as apostas se foram. Nana se tornou bastante hostil. Mas a arma encontrada em seu colo, enquanto balança na cadeira de vime, não é para mim.

Bem... não apenas para mim.

O marido de Nana morreu quando Jenn ainda estava em fraldas. Caiu de um cavalo irritado, o velho Henry acabou o desembarque no caminho errado, na hora errada. Nana manteve a espingarda de Henry com ela, até dorme com ela. Se chegar o dia que os ladrões, vândalos, ou Yankees caiam do céu, ela está determinada a eliminar o maior número possível. Não está carregada, e cada membro da família de Jenny faz o impossível para mantê-la dessa forma.

Alguns dizem que ela sofre de demência, mas não acredito nisso por um segundo; sua mente é tão acentuada como a sua língua afiada. Eu acho que em vez de andar devagar e levar uma bengala grande, se sente melhor batendo forte e carregando uma espingarda.

Jenny põe sua cabeça através da porta de tela, seu cabelo puxado para trás em um coque bagunçado, ainda vestindo o vestido rosa de seu turno da noite, do qual tinha acabado de sair. Ela olha para mim por alguns segundos antes da preocupação em seu rosto deslizar em um pequeno sorriso.

Amigável, um pouco culpada, mas não surpresa.

Agora que nós dois tivemos um par de dias para tranquilizar a nossa conversa por telefone, eu sabia o que estava por vir. Mostro bem alto o pacote cerveja Budweiser, erguendo as sobrancelhas como uma pergunta.

Acena, depois balança a cabeça dentro da casa. — Apenas deixe-me ir me trocar.

Esta é a nossa tradição. Desde os dezesseis anos, cada vez que eu cheguei em casa, quando queria ficar sozinho ou se houve algo maior do que precisávamos para falar, ele era um pacote de cervejas e uma caminhada até o rio.

Um cobertor na praia é nossa terapia sofá. Ele nunca falhou, e eu não tenho nenhuma intenção de deixar falhar agora.

Depois que Jenny desaparece da porta, subo lentamente os degraus até a varanda, da maneira em que você se aproxima de um velho rabugento urso hibernando. Você tem certeza de que é sábio, mas é melhor estar preparado para ir embora.

Eu tiro meu chapéu para Nana em saudação. — Senhora.

Seus olhos são reduzidos a fendas afiadas. — Não, eu gosto de você, garoto.

— Sim senhora.

Seu dedo torto apontou na minha direção. — Você é Satanás. Deslizando para enganar e levar Eva do Paraíso.

— Sim senhora.

— Minha netinha é a melhor coisa que você fez.

Um lado da minha boca sobe em um sorriso. — Eu posso dizer que estou de acordo com isso.

— Devia ter atirado em você anos atrás. — Resmunga.

Sento-me ao lado dela, apoiando as mãos nos joelhos estendidos, como se estivesse dando a devida atenção a sua declaração. — Eu não sei... se atirasse, não haveria ninguém para trazer a sua bebida favorita.

Eu ergo minha camisa, mostrando pequena garrafa de Maker Mark Cask Strenght escondido debaixo como um traficante de drogas em um canto. Por causa da sua saúde, a mãe de Jenny cortou os Bourbons anos atrás, ou pelo menos tentou. Mas Nana é um pássaro inteligente e astuto de idade.
Como um abutre.

Ela olha para a garrafa, lambendo os lábios finos da forma que seria um homem que achou um oásis no meio de quilômetros de deserto. Pode parecer impróprio subornar uma mulher idosa com licor. Maldoso para extrair informações. Mas não se trata de boas maneiras ou respeito, ou fazer a coisa certa.

Esta é a porra da vitória.

Além disso... Eu tinha trazido para Nana o reverenciado Cask Strenght de qualquer maneira. Eu trouxe garrafas escondidas de marcas de elite por anos. E ainda assim ela me odeia.

— Conte-me sobre Jimmy Dean.

Inclina a cabeça em confusão. — A salsicha? Temos algumas na geladeira.

Eu rolo meus olhos. — Não, o cara que acredita que vai casar com Jenny, James Dean.

E é como se eu tivesse dito as palavras mágicas. Anos desaparecem do rosto de Nana quando sua carranca cai e um olhar sonhador toma o seu lugar. O primeiro que eu vi em décadas.

— Quer dizer JD? Ah, é um belo exemplar de um homem. Se eu fosse quarenta anos mais jovem, eu faria um jogo para ele. Bonito, educado... ele é um bom menino. — Em seguida, o cenho familiarizado toma seu lugar novamente. — Não gosto de você, Satanás.

Eu apenas ri. — O que é que o bom JD faz para viver?

— É professor na escola. Química ou algo assim... É um homem inteligente. E talentoso, está ali desde o ano passado e já é assistente técnico de futebol. Quando o Henry Dallas sair a partir da posição de treinador, eu imagino que JD terá seu lugar.

Mmm ... o velho salsicha será o treinador de futebol na mesma escola onde costumava ser o gandula. Há uma ironia aqui.

Nana olha minha mão, enquanto esfrego a garrafa de Bourbon, como se um gênio que pudesse sair dela.

— Que mais? — Pressiono.

Ele suspira, pensando nisso. — Seu pai morreu há alguns meses. JD vendeu sua fazenda e está construindo uma casa grande, completamente nova, no bairro de luxo colônia na 529. É aí que vai viver... com Jenny e Mary.

Minha bota bate na varanda com um baque com raiva. — Na porra do meu cadáver.

Nana me lê bem. — Não use esse tom comigo, rapaz. Você não tem ninguém para culpar além de si mesmo. — Ela cruza os braços e dá uma risada arrogante. — Você não é um pai ruim, eu vou te dar isso. Mas... Jenny precisa de um homem... um homem que está aqui.

— Eu estou aqui. — Sussurro.

— Ah, e pelo que eu ouvi, você não está sozinho. Você trouxe uma menina bonita da cidade com você. Uma latina.

A voz da mãe de Jenny grita de dentro da casa, provando mais uma vez que uma pequena cidade é muito parecida com a máfia; ouvidos em toda parte.

— Mãe! Comporte-se!

Nana é tão bom quanto possível. — Não me diga como me comportar! — Em seguida, oferecer-me uma pérola de sabedoria: — A coisa boa sobre estar morrendo é que você não tem que ser bom com ninguém.

Sim, Nana está morrendo. Desde que me lembro. Só se está tomando seu tempo para chegar realmente à parte dos mortos.

— Sim — confesso — trouxe alguém, uma amiga, Demi. Vocês duas se dariam bem, ela não se incomoda com os outros como você.

Toco a garrafa com meu dedo. — Agora, me diga uma coisa... estranha sobre JD. Algo que o resto da cidade não tem conhecimento.

Ela olha para mim ansiosamente. — Bem... não bebe muito. Não suporta bebidas. Mas eu não acho que é uma má qualidade em um homem, ninguém gosta de um bêbado.

É interessante.

— Algo mais? — Pressiono.

Esforça sua memória por um momento. — Oh, é alérgico a pimenta. Seu rosto explode como um carrapato superalimentado se você tentar apenas lhe dar uma.

E isso é ainda mais interessante.

Satisfeito, entrego a garrafa de Bourbon a Nana, mantendo a minha mão para baixo, fora da vista da janela atrás de nós, se a mãe de Jenny estiver assistindo. Ele me toma como uma criança mimada pegando um doce, deslizando sob o cobertor no colo.

Jenny sai, vestindo shorts jeans e uma camisa branca lisa, forte e fresca como era aos dezoito anos. Eu posso estar zangado com ela, mas isso não muda o fato de que é sexy como o inferno, e... eu a perdi.

— Pronto? — Ela pergunta.

Levanto-me e eu tiro meu chapéu para Nana. — É sempre um prazer, senhora.

Sua única despedida é um olhar severo.

Jenny caminha para sua avó e beija sua bochecha. Então eu a ouvi sussurrar: — Não deixe que a mãe sinta o cheiro do Bourbon em sua respiração. Ela vai mandar você para a cama sem jantar.

Nana ri e toca a bochecha de Jenn carinhosamente.

Nós caminhamos para o caminhão, mas paramos no pé dos degraus da varanda quando a mãe de Jenny sai. Apesar das linhas de riso profundas e preocupação vincando a cara de June Monroe, ela é uma mulher bonita, atraente, robusta, cabelo louro longo com brilhos de prata.

Ela me dá um sorriso forçado. — Joseph. Você parece bem.

— Obrigada, June. É bom estar em casa.

June não me odeia tanto quanto sua mãe, mas eu não diria que é especialmente satisfeita. Ao contrário de Wayne, pai Jenn, eu sempre fui o filho que ela nunca teve. Mas duvido que qualquer um está feliz em me ter de volta, interrompendo os planos de um casamento grande. Rubi também ainda vive com seus pais, cinco filhos e aumentando, então eu acho que a Monroe ficaria feliz em ter pelo menos uma de suas filhas casadas e fora da casa.

Jenny — diz sua mãe, seu tom agudo com advertência — temos a prova do vestido esta tarde. Você não pode chegar atrasada.

— Não se preocupe, eu vou estar de volta antes de Mary chegar em casa.

Mantenho a porta do caminhão aberta, fechando-a atrás de Jenn. Eu fico no banco do motorista e nos dirigimos para o rio.

Ao longo do caminho, revejo em minha mente o que direi, como eu faço a noite antes de um julgamento. Jenny senta-se no cobertor xadrez, as pernas cruzadas, enquanto eu estou de pé, pensando melhor sobre os meus pés, ambos segurando latas abertas de cerveja.

— Você poderia ter aparecido com garrafas. — Jenn diz, olhando para a lata em suas mãos.

— Eu estava nostálgico.

Levanta seu ombro. — A nostalgia é melhor de uma garrafa.

Ela vira o rosto, capturando o sol, e noto suas sardas, distribuídas através da ponta de seu nariz, ao longo de suas bochechas, tão pequenas e pálidas que só pode ser vistas quando a luz está certa. E parece que foi ontem que eu estava contando, aqui, depois de um longo mergulho e um sexo ainda mais longo enquanto dormia, coberta com nada mais do que a minha sombra.

Levanta a mão para beber e o pequeno diamante pisca na mão esquerda pisoteando em minha memória como um enorme elefante.

Splat.

— Você se esqueceu de devolver o anel? De dizer que você cometeu um erro?

Seus olhos se contraem. — É assim que você quer fazer isso, Joseph?

Eu quase posso ver as notas do bloco amarelo de Demi, dizendo para tratar isso como um caso, e Jenny como qualquer outra testemunha. Eu preciso conversar, saber como isso aconteceu, para que possa destruí-lo peça por peça.

— Não, não é. — Eu amoleço com um suspiro. — Por que você não me contou?

Um pequeno sorriso vem aos lábios. Apenas um pouco triste. — Porque eu sabia que você ia tentar me convencer do contrário.

Ela estava completamente certa.

Leva a cerveja aos lábios, e diz com a voz triste: — Devia ter lhe contado. Você merecia ouvir isso de mim. Minha mãe enviou seu convite porque eu estava evitando-lhe, e ela estava certa. — Seus grandes olhos azuis se movem sobre meu rosto antes que encontre o meu olhar. — Desculpe, Joseph.

Pego uma pedra, jogando-a fora da minha mão. — Desculpas aceitas, desde que não passe por isso.

Ela inclina a cabeça, observando enquanto eu jogo com a pedra. — Ouvi dizer que você trouxe alguém com você.

Eu posso ver a cadeia de comunicação que foi enviada ao ouvido de Jenny em tempo recorde. A senhorita Bea diz para a senhora Macalister que trabalha na farmácia. Sra Macalister sussurra a velha Abigail Wilson quando ela dá o seu medicamento para o coração, porque Abigail é meio cega e não pode dirigir. Abigail Wilson chama sua prima Pearl, que é exatamente a melhor amiga, de nada mais e nada menos do que June Monroe. Pergunto-me se June deixou Jenny entrar pela porta antes de dizer, ou se ela chamou durante a condução para casa do trabalho.

— É uma amiga.

Jenny brinca. — Que tipo de amiga?

— Do tipo que me acompanha em casa quando a minha menina me diz que ela vai se casar com outra pessoa.

Com o movimento do meu braço, outra pedra salta sobre a água. — Eu disse que era minha, me disse que era o seu. Quem diabos é esse cara?

Ela joga a areia, pega-a e, em seguida, deixa-a cair entre os dedos. — Depois da escola secundária, JD foi para a faculdade na Califórnia. Ele voltou aqui no ano passado, quando seu pai foi diagnosticado com câncer. Nós nos encontramos um dia no hospital e me lembrei. Ele foi visitar seu pai todos os dias, e quando eu estava lá, nós ficávamos conversando. Depois disso, a conversa tornou-se um café, e depois jantar depois do meu turno. — Ela faz uma pausa, lembrando-se, a voz torna-se macio. — No final ficou ruim. Quando seu pai morreu, foi muito difícil para JD. Eu estava lá para ele. Ele precisava de mim... era bom que alguém precisasse de mim. E quando ele não o fez, ele ainda me queria. ... Me senti ainda melhor.

— Você pensou em mim? Enquanto você estava ocupada em ser amada? — Eu atirei.

— E você? Você pensa em mim enquanto você está ocupado na porra da capital? — Ela atira de volta.

— Não é assim.

— Claro que é. Porque você acha que o tempo para quando você não está aqui. Fico escondida, cuidando de nossa filha, apenas esperando você voltar.

— Primeiro lugar você não está cuidando de nossa filha sozinha, então não aja como se o fizesse. Em segundo lugar, é o que combinamos. Nós fazemos o que queremos quando estamos separados, mas isso — eu aponto para nós — isso era nosso. Ninguém mais poderia tocar. Ninguém podia se aproximar. Se não funcionava mais para você, você deveria ter me dito!

Se levanta. — Eu estou dizendo a você agora! Eu tenho vinte e oito, Joseph, e eu ainda moro com meus pais.

— Isso é o que se trata? Jenny, se você quer uma casa, eu vou comprar uma.

Nunca tivemos uma ordem de apoio formal, porque eu envio dinheiro todos os meses, sem falhar. Se ela precisa de algo, além disso, qualquer coisa, tudo que tem a fazer é pedir.

— JD quer formar uma casa comigo, uma família, um casamento, todas as coisas que você nunca fez.
Eu cerro meus punhos, os músculos em meus braços tencionando. E eu não posso decidir entre beijá-la ou fazê-la reagir. — Você e Mary são minha família. E eu queria casar com você há dez anos. Eu disse a você, aqui, neste lugar maldito!

Querer e fazer são duas coisas diferentes.

— Me pediu que fosse! — Gritei, apontando para ela. — Você fez isso! Para nós, para o nosso futuro, a nossa família.

Em seguida, as lágrimas caem. Subindo em seus olhos, brilhando em suas pestanas como a luz solar na água. — Se você ama algo liberte-o, se ele voltar, é seu. — Ela balança a cabeça. — Você nunca mais voltou.

— Mentira! Voltei a cada tempo...

— Não depois de Columbia. Mudou. Começou a gostar do trabalho, as mulheres, cidade...

— Estava me matando, Jenny! Foi a faculdade de direito, pelo amor de Cristo. Aulas, práticas, você não tem ideia do caralho.

Uma luz amarela pisca em minha cabeça como um sinal de néon. Lutar não é a resposta. Fale com ela, e não a ela.

Eu tomo algumas respirações, me acalmando. Então eu me aproximo Jenny, olhando em seus olhos.
E eu vejo minha doce menina, minha melhor amiga. O amor da minha vida. — Minha cabeça estava lá, tinha que ser, mas meu coração sempre esteve aqui com você. Ele nunca deixou.

Funga, mas as lágrimas não caem. — Você já se perguntou por que era tão fácil?

— Amar alguém deveria ser fácil.

— Eu não quero dizer ficar juntos. Quero dizer estar separados. — Virou de frente para a água, olhando para ela — Durante todo esse tempo, todos esses anos... estar separados foi mais fácil do que deveria ter sido. — Ela cruza os braços e um sorriso se infiltra em sua voz. — Quando JD sai do trabalho, ele vai para casa e corre para baixo pela entrada de automóveis, porque não pode esperar um segundo a mais para me ver. Ele iria queimar para mim. Ele não pode suportar a ideia de estar separado de mim, mesmo por um dia. Você já se sentiu dessa forma, Joseph?

Há uma voz terrível e mal no fundo da minha mente, sussurrando que eu senti assim uma vez. Mas não por ela.

A bloqueio e dou um passo em direção Jenny, para que possa me ver. — Te amo.

— Você ama uma menina de dezessete anos que não existe mais.

— Isso não é verdade. Está bem na minha frente.

Jenny acena com a cabeça e me dá o menor dos sorrisos. — Eu não sou tão divertida quanto costumava ser.

Dou mais um passo para frente e pego seu rosto em minhas mãos, acariciando sua pele. — Te olho e vejo milhares de dias de verão. Os melhores momentos da minha vida.

A emoção me sufoca e eu acho difícil falar. Os sentimentos por esta mulher me esmagam e fica difícil respirar. — Eu te amei desde que eu tinha doze anos, e eu vou te amar até o dia que eu morrer.

Seu rosto desmorona e as lágrimas caiem. Aperta minha mão em seu rosto, encharcando-a com os soluços, em seguida, beija minha palma. —Também te amo, Joseph. O que sinto por você, quem você é, é muito valioso para mim. Não quero te perder.

E eu acho que eu consegui. Eu convenci, ganhei. Jenny pertence a mim e tudo está bem no mundo. Eu tenho que admitir, foi mais fácil do que eu tinha previsto. Eu sabia que era bom, mas não que ele era tão bom.

Até que ela abaixa a mão, limpa o rosto, e me olha nos olhos. — Mas eu estou apaixonada por JD.

Merda.

Eu balancei minha cabeça. — Você só se sente solitária. Eu estive longe por muito tempo.

— Não. — Ela insiste. — Estou apaixonada por ele. Aconteceu rápido, mas é forte e real. Você tem que aceitar isso.

Minhas próximas palavras saem da minha boca antes que eu tenha tempo para pensar sobre eles. — Eu estou indo para casa. Vou deixar a empresa, Jenn. Vou colocar um escritório na cidade. Vou voltar.
Seus lábios abrem, sua voz tremendo de choque ao ouvir as palavras que ela nunca esperou. — Não é necessário muitos advogados de defesa em Sunshine.

— Eu posso me dedicar a outra especialidade.

Seus olhos estreitos. — Mas odiaria.

Eu seguro sua mandíbula. — Eu vou, para você e Mary. Se isso é o que vocês precisam, eu vou.

Suas sobrancelhas são espremidas juntas, um pouco desoladas, um pouco de raiva. — Longe de mim. — Diz com a voz embargada. — Eu não quero ser o sacrifício que você tem que fazer! Eu nunca quis isso! Nós dois merecemos mais do que isso.

E então se joga em mim, envolvendo os braços em volta da minha cintura, seu calor suave alinhado com o meu, enterrando seu rosto no meu peito, recusando-se a sair. Eu seguro firme, beijando o topo de sua cabeça, murmurando palavras suaves, e pressionando meu nariz em seu cabelo porque cheira muito doce.

Nós ficamos assim por um tempo, até que suas lágrimas secam completamente. E ela só se sente... triste. Parecem os minutos finais de um funeral.

— Eu vou me casar com JD sábado, Joseph. Eu preciso que você entenda.

Eu agarro seus braços e a inclino para trás, para que ela possa me olhar nos olhos. — É um erro. Eu vim aqui para você. Eu não vou desistir de nós. Ele entende que...

— Você não sabe... — começou.

Mas, então, eu tenho uma ideia e eu interrompo com um forte sotaque comicamente Alabama. — Eu não sou um homem inteligente, Jen-ney. Mas eu sei o que é amor...

Ela cobre as orelhas e grita. — Não faça isso! Não vire Forrest Gump em mim! Você sabe que o filme faz-me chorar, filho da puta.

Com isso me dá um soco no braço, os dois quase sorrindo.

— Sim, eu sei. — Coloco seu cabelo loiro para trás, deixando que o calor de minha mão passe através de sua camisa, esfregando o polegar ao longo do cume de sua clavícula. — Ele sabe isso? Ele te conhece como eu, Jenn? — Dou um passo mais perto, inclinando-me em direção a ela. — Sabe o quanto você gosta daqueles longos, beijos molhados, lambendo ou como esse ponto atrás de você...?
Sua mão cobre minha boca. Ela olha para mim com diversão paciente, incorrigível como um adolescente. — Isso é o suficiente. Ele me conhece, algumas coisas ainda melhor do que você. O que ele não sabe, terá bastante tempo para descobrir.

Saco minha língua, lambendo círculos em sua palma.

Ela grita e se afasta.

— Eu quero que você saiba Joseph. Ele é um bom homem. Você vai gostar dele.

Eu cruzo meus braços. — Se ele está respirando, de nenhuma maneira que eu vou gostar.

Move o seu polegar em direção ao meu caminhão. — Vamos, me leve para casa. Mary chegará em breve.

— Vamos pegá-la. — Eu sugiro à medida que caminhamos em direção ao caminhão. — Juntos. Ela vai gostar.

— De acordo.

Estendo a minha mão para segurar a dela, como tenho feito um milhão de vezes antes, mas não pega. Eu franzo a testa. Depois eu volto para pegar, não deixando escapar, de propósito entrelaçando nossos dedos.

Ela olha para mim, impassível. — Você terminou?

Segurando seu olhar, lentamente trago seus dedos em meus lábios. — Querida, ainda nem sequer comecei.

Me enfrenta e olha como se ela não pudesse decidir rir ou chorar, talvez as duas coisas ao mesmo tempo. Suas mãos seguram meu queixo, a cabeça balançando.

— Oh, Joseph, eu sei que já virou tudo um show de merda... mas já perdeu.


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